Gostaria de começar por comentar esta frase e levando posteriormente para a nossa equipa, tudo o que vou dizer é apenas e só a minha opinião, vou falar por mim e nunca em momento algum tenho como objectivo apontar o dedo a quem quer que seja.
"A motivação é responsável pela selecção e preferência pela actividade e sua persistência, pela intensidade e vigor do rendimento...” (Cruz, 1984)
Quando falamos em motivação, significa uma tendência para lutar pelo sucesso, persistindo ao insucesso e o orgulho pelos resultados obtido. A motivação é um processo em que cada um se torna motivado ou desmotivado através da avaliação das suas competências num determinado contexto de realização e do seu significado para a pessoa. É o responsável pela procura de objectivos e metas a alcançar, explica os comportamentos do indivíduo (atleta) e do seu sucesso/insucesso.
Transpondo isto para a nossa equipa e antes de mais, bem sei e concordo plenamente, que a equipa dos Africanos poderia não ser o passo mais acertado. Já tentamos entrar no campeonato do Inatel, o que não correu bem, nem houve grande receptividade entre todos, mas noto que cada vez mais existe uma maior receptividade.
No presente ano, uma das razões que me motivaram, foi o facto de ter tido conhecimento sobre a hipótese de participarmos num campeonato, pois iria proporcionar o que penso faltar à nossa equipa. Uma índole mais competitiva, maior responsabilidade, proporcionar situações de sucesso/insucesso e uma maior motivação. Promovendo o trabalho de equipa em primeiro lugar e o trabalho individual.
A minha motivação cinge-se no prazer de jogar, no desempenho e o desejo em participar nos desafios, na procura de estímulos que possam contribuir para o desenvolvimento e nunca a estagnação. Pois tudo isto representa-se na minha prestação quando jogo, se perder tudo isto, para quê jogar?
O simples facto de se irem realizar treinos, com um propósito e objectivo para alcançarmos determinadas metas previamente estabelecidas iriam melhorar a nossa forma física, desenvolvimento das nossas capacidades e maior coesão de grupo. E o que nos falta é isto mesmo!
Penso que se está a perder a competitividade natural de um jogo de futebol. Sou da opinião de que deveríamos ter uma participação mais activa enquanto equipa (grupo) e individualmente. Falta-nos o impulso e a necessidade essencial para o nosso desenvolvimento e aquisição de competências. Faltam-nos outros estímulos, dar um passo em frente, o que se costuma apelidar de “dar o salto”.
Hoje presenciei o que cada vez se torna mais evidente, que temos capacidade para mais mas de certo modo estamos a desperdiça-la, por exemplo, mais seriedade e menos brincadeira enquanto jogamos. Pois por vezes parece que estamos a jogar por jogar, quase como se fosse uma obrigação que nos foi imposta e isso reflecte-se na prestação da equipa. Por vezes parece que estamos demasiadamente acomodados.
Por vezes pergunto-me, onde está o prazer, a entrega pelo jogo?
Basta unirmo-nos e trabalharmos para um mesmo objectivo e estabelecer determinadas metas, só assim é que vamos conseguir andar para a frente e termos a consciência que sempre fizemos de tudo para nos desenvolvermos como pessoas e atletas, assim como, um grupo que somos.
Gostaria de concluir dizendo que não estou a por em causa, muito menos a julgar quem quer que seja. Penso que todos nós somos responsáveis e que a solução se encontra em cada um e no grupo.
Gostaria de analisar isto com todos vós, se fosse do interesse de todos, até mesmo marcar uma reunião!
Com os melhores cumprimentos,
Nuno
Concordo com muita coisa. O inatel nunca avançou e dificilmente irá para a frente porque, pura e simplesmente, não temos jogadores suficientes. São sempre os mesmos 15 ou 16 que aparecem e com quem se pode contar, número insuficiente para entrar numa competição. Por isso é que a junção com os africanos era interessante, ele tinham mais 10 gajos (presumidamente cumpridores) para jogar.
ResponderEliminarQuanto a levar aquilo que fazemos ao sábado um pouco mais seriamente, esse foi precisamente o meu apelo para este ano. A entrada numa competição proporcionaria um espírito de grupo mais unido, mesmo em redor de uma maior concorrência interna e sempre com um adversário comum (todas as outras equipas)em vista. No entanto a ideia do grupo de amigos já está muito enraizada e torna-se complicado exigir mais do que isso. Acho que era importante e interessante fazer treinos em que se começasse com um aquecimento de grupo, exercícios de finalização ou passe e depois exercícios de posse de bola, mas também isso é difícil exigir das pessoas quando, na realidade, não há um objectivo maior, não há uma necessidade de ser melhor. Até eu, de certa forma, sinto: porque é que devemos perder minutos do nosso tempo de jogo a fazer exercícios quando não temos jogos onde os aplicar? Daí a importância da competição. Só quando existir o receio de se perder o lugar é que começa o exercício individual de concentração e de empenho.
Portanto, Nuno, concordo com a tua opinião, em parte. Enquanto não existir qualquer tipo de competição é complicado que se exija mais dos jogadores.
Ainda assim, ainda não desisti de tentar atribuir um carácter mais sério ao nosso futebol de sábado. Mesmo sem uma competição oficial (Inatel), vou começar a fazer contactos com equipas que participem nessa competição e começar a convida-las para amigáveis ou jogos-treino. A ideia, cuja execução depende da vontade das tais equipas, é começar a fazer um jogo por mês no padre nabeto. Com isto começa a exisitir mais interesse dos jogadores, maior disponibilidade para ir treinar, maior cuidado com os horários, e maior competência nos treinos, na medida que esses factores vão ser tidos em conta na escolha da equipa para esses confrontos.
Dani.