Bem Vindos ao Blog d' Os Dragoes

O clube de futebol amador Os Dragões é composto por um grupo de jovens bem parecidos, bem dispostos e cheios de talento que decidem aproveitar este espaço para a comunicação entre membros e para a organização das actividades do clube.

Ao mesmo tempo damo-nos a conhecer ao mundo e aproveitamos para ir publicando os resultados das nossas actividades da época 2010/2011 que irão passar, se tudo correr como se espera, pela realização de desafios amigáveis com clubes sitos no distrito de Setúbal.


domingo, 18 de setembro de 2011

Crónica do jogo de 17 de Setembro de 2011 contra a U.D.C.Beringelense

Foi com grande gosto que a equipa dos Dragões aceitou o convite e se deslocou novamente a Beringel para a realização de uma partida amigável, com o intuito de ajudar a equipa local na sua preparação de pré-época que precede a entrada no campeonato do Inatel.

O inicio do jogo ficou marcado por um grande equilíbrio entre as equipas, onde se conseguia verificar uma acentuada luta a meio campo, resultado das tácticas empregues pelos treinadores. Os Dragões com um 4-4-2 losango e a equipa local com um 4-5-1 defensivo, que se desdobrava num 4-3-3 com posse de bola.

A equipa adversária foi a primeira a inaugurar o marcador, com uma boa execução do avançado que fez um chapéu ao guarda redes após ter ganho uma bola na defesa. O lance viu-se marcado por alguma polémica na medida em que a recuperação de bola teve origem numa falta não assinalada, o que não isenta os jogadores dos Dragões de culpa, visto que ficaram a pedir que a mesma fosse marcada e desistiram do lance.

A equipa visitante reagiu rapidamente, aproveitando um erro do central que calculou mal a trajectória de um passe longo e cabeceou na direcção da sua baliza isolando o avançado que, algo atabalhoadamente, ainda que de forma eficaz, rematou para o fundo das redes.

Mais uma vez, a equipa do Beringelense viu-se em vantagem, agora cada vez mais contra a corrente do jogo, quando, na sequência de um canto, um central encostou para a baliza ao segundo poste, livre de qualquer marcação.

A reacção voltou a ser positiva e já perto do fim da primeira parte, com uma boa jogada de combinação entre o ataque e o meio campo, o avançado isolado bateu o guarda redes.

No inicio da segunda parte, ambas as equipas fizeram alterações, tendo estas sido, claramente, mais sentidas do lado da equipa local. Com isto notou-se um claro ascendente da equipa dos Dragões que dominou de forma vincada a grande maioria do segundo tempo. Foram então surgindo os golos.

O terceiro dos visitantes emulou o primeiro golo, em que o defesa não foi capaz de cortar eficazmente um passe longo, tendo a bola ressaltado para o atacante que, com grande classe, fez, de primeira, um chapéu ao guarda redes.

Com origem num passe longo do defesa lateral que aproveita a desmarcação do avançado, este, aproveitando a confusão instalada na defesa contrária que fica a pedir fora de jogo, assiste o segundo atacante que agita pela quarta vez as redes da baliza adversária.

O quinto golo é resultado de um contra ataque em que a bola chega da lateral ao centro campista que, à boca da área, faz um remate em arco que sai perfeito e entra junto ao poste, sem qualquer hipótese para o defensor contrário.

O tento final, já perto do termino da partida, é resultado de uma jogada pela esquerda onde o lateral efectua um cruzamento que chega perfeito ao avançado que remata para a defesa do guardião adversário, tendo, no entanto, a bola ressaltado para o centro campista que apenas tem que encostar.  

Num último comentário geral, julgamos que merece um apontamento a equipa de arbitragem. O trio errou bastante, ainda que para os dois lados, num jogo que teve muitas faltas, maioritariamente cometidas pela equipa local. Como consequência dessa actuação, o jogo só não se tornou mais "feio" porque, de forma geral, os jogadores de ambas as equipas entraram no jogo com um espírito de confraternização e respeito mútuo.




A equipa titular foi: Fábio, Vasco, Nuno, Amândio, Penedo, Flecha, João, Severino, Dani, Rui Jorge, Calvo.



Comentários individuais:

Fábio (nota 7): Foi uma daqueles jogos ingratos para um guarda redes em que a equipa adversária faz dois golos com, praticamente, outros tantos remates. Esteve bem naquilo para que foi solicitado, nomeadamente nas saídas rápidas da baliza cobrindo as costas da defesa. Destaca-se como ponto positivo uma defesa/saída a um canto tenso, na segunda parte, em que tirou a bola do centro da área e uma defesa a um remate, já dentro da área, em que envia a bola para canto. Como ponto negativo apenas se pode apontar o 2º golo em que pudesse, talvez, ter feito melhor numa bola que provém de um canto e sobrevoou toda a defesa.

Vasco (nota 7): Mais uma vez um jogo discreto mas eficaz. A pouca propensão atacante do adversário não exigiu demasiado e não permitiu brilhar, mas conseguiu estar sempre concentrado e realizar o seu trabalho de forma eficaz, cumprindo nas dobras aos defesas laterais. Mostrou, neste jogo, uma faceta algo desconhecida, mas certamente bem recebida, ao ter a iniciativa e confiança para ter a bola nos pés e tentar sair a jogar.

Nuno Pereira (nota 7): Um dos polivalentes da equipa, vai jogando onde é necessário. Desta vez adoptou a posição de central e fez um jogo muito positivo. Destaca-se pela garra e agressividade na disputa da bola e pela velocidade. Fazendo uso dessas características foi importantíssimo nas dobras, livrando sempre a defesa de situações de maior perigo.

Amândio (nota 7): Sempre dos mais esforçados em campo e dos que corre mais. Na posição de defesa direito cumpriu defensivamente e foi tentando ajudar na frente, mas o jogo da primeira parte não esteve propício a grandes subidas. No segundo tempo foi colocado numa posição diferente, a médio defensivo, opção que se mostrou acertada. Com o meio campo adversário a baixar de qualidade na troca de bola impunha-se um jogador que não tentasse tapar espaços, mas sim que fosse agressivo a atacar e recuperar a bola. Foi isso que fez e foi responsável por muitas recuperações. Como ponto negativo destaca-se o facto de ter ficado a "refilar" com o arbitro na perda de bola que originou o primeiro golo (ainda que precedida de falta). No oposto, destaca-se uma corrida desenfreada já no fim da partida pelo lado esquerdo que culminou num cruzamento perfeito para o avançado que iria originar o último golo.   

Penedo (nota 6): Passou um pouco ao lado do jogo. Numa primeira parte em que as subidas pela linha se mostravam difíceis ficou relegado para um plano mais defensivo. Cumpriu no um para um, não se tendo deixado ultrapassar mas foi por vezes surpreendido desposicionado entre-linhas (ataque e defesa) com bolas para as costas. Na segunda parte reentrou em jogo e esteve melhor, conseguiu subir mais e teve maior participação no jogo. Destaca-se o passe que fez para a entrada da área, na direcção do centro campista que rematou fazendo o quinto golo.

Manel (nota 6): Foi o seu primeiro teste com a camisola dos Dragões e fez o trabalho que lhe competia. Fez uso da altura e foi preponderante  no jogo aéreo e muito esforçado na saída às bolas. Lesionou-se pouco depois de ter entrado, tendo regressado ao pelado já no último terço da metade onde, manteve o nível exibicional. Destaca-se uma recuperação de bola e a consequente participação no ataque, só não tendo ficado isolado porque o centro campista falhou o passe.

Miguel (nota 5): Um allumni dos Dragões que regressou recentemente e fez também a sua estreia num jogo "ofcial". Entrou ainda no fim da primeira parte para médio defensivo onde fez uma ou outra recuperação e ainda participou no ataque, saindo com nota positiva. Na segunda parte voltou a entrar para defesa direito onde não esteve tão bem. Notou-se a falta de experiência de jogo e de entrosamento com a equipa, pecou especialmente no posicionamento, saindo de forma demasiado precipitada para o ataque, ficando preso entre-linhas e desguarnecendo a defesa. Espera-se mais deste jogador que irá certamente recuperar a sua qualidade e ganhar entrosamento com o regresso à equipa. Destaca-se o passe que isolou o avançado e que iria originar o quarto golo dos Dragões.

Neves (nota 6): Entrou na segunda parte, primeiro para lateral esquerdo e, já no fim, mudou para lateral direito. Não fez um jogo de encher o olho, no sentido em que não foi vistoso, mas realizou a função que lhe competia em ambos os lados. Sempre com o lateral do lado oposto como o mais atacante, deixou-se ficar numa posição mais defensiva onde esteve particularmente bem na atenção e cumprimento do posicionamento e no um para um.

Luís Miguel (nota 6): É tradicionalmente um central, mas foi colocado em jogo na posição de médio defensivo. Peca um pouco na velocidade, mas esse factor não foi visível no seu desempenho. Leu bem o jogo e ficou na expectativa da pressão dos outros centro campistas, saindo atempadamente para as dobras e encurtando os espaços, não deixando aos adversários tempo para embalar. Mesmo com a bola controlada foi menos precipitado que o costume e conseguiu coloca-la sempre jogável. Beneficiou claramente do reposicionamento numa posição de menor responsabilidade. Um jogo bastante positivo.

Flecha (nota 6): É também um jogador discreto, que não sabe jogar mal, muito importante no equilíbrio defensivo e na recuperação de bolas, mas esteve um pouco mais apagado que o costume. Trabalhou bastante e tapou bem os espaços, mas não recuperou tantas bolas como é costume. Foi um pouco vitima do facto de a bola não cair muito no seu espaço, ou era recuperada mais a frente no campo ou era colocado por cima na zona dos centrais.

João Pereira (nota 8): Parece recuperado a 100% da lesão no joelho. Está outro jogador. Mantém a frieza e boa leitura de jogo, características às quais alia, agora, uma maior velocidade e força. Correu muito na primeira parte e foi o centro campista em maior evidência, recuperou muitas bolas, ajudou sempre no ataque e lutou muito na confusão em que o meio campo se tornava, por vezes, na primeira parte. No segundo tempo continuou na mesma senda, ocupando um espaço mais junto a linha do lado direito e deu tudo em campo, tendo saído esgotado. Queixou-se da falta de bola, mas não é deveras essa a visão deste cronista.

Severino (nota 8): Mais um que não sabe jogar mal e que dá tudo em campo. Foi dos poucos que aguentou o jogo todo e viu-se o esforço empregue no jogo quando se começou a ressentir de cãibras no fim da partida. Muito importante defensivamente, lutou muito e recuperou muitas bolas. No segundo tempo, com maior espaço, foi mais preponderante ofensivamente, iniciando um grande número de ataques. Destaca-se um passe longo que originou o erro do defesa e deu o terceiro golo; e o quinto golo, o melhor da tarde, que resultou de um pontapé em arco de fora da área.

Dani (nota 7): Esteve  razoavelmente bem naquilo que fez, mas fez pouco. Teve poucas vezes a bola e em muitas delas sofreu falta antes de conseguir definir as jogadas. Adoptou em demasia a posição de 10 e desleixou-se muito no trabalho defensivo. Faltou garra e esforço, visível no modo como esperou muitas vezes que a bola lhe chegasse, sem a tentar recuperar. Acabou o jogo pouco cansado, sabendo que podia e devia ter dado muito mais. Destaca-se a assistência para o segundo golo e o inicio da jogada do sexto golo que o próprio iria concluir, encostando para a baliza.

Sousa (nota 9): Entrou no fim da primeira parte e entrou muito bem. Não foi especialmente desequilibrador, nem trabalhador na frente, mas trouxe uma muito necessitada calma na definição das jogadas. Conseguiu ter a bola, segura-la, e esperou sempre pelo apoio dos médios para iniciar a criação das jogadas de ataque, começando a praticar-se um futebol mais apoiado. Na segunda parte desceu mais para vir buscar jogo atrás, mas consegui estar sempre no sítio certo à na hora certa quando solicitado. Na finalização esteve perfeito tendo marcado 3 golos em 3 oportunidades e assinalado um hat-trick.  Destacam-se pois os 3 golos marcados, um na primeira parte e dois na segundo, em particular a execução do terceiro golo da equipa e segundo da conta pessoal, onde aproveitou um corte mal executado do defesa e de primeira, com a bola no ar, fez um chapéu ao guarda redes contrário.
Por maioria de razão e com base nos argumentos utilizados na crónica passada é o Homem do Jogo, pois cumpriu o seu papel com extrema eficácia tendo marcado os golos em alturas cruciais, dando o golo do empate, o golo da vitória e o golo da segurança.

Rui Jorge (nota 7): Correu muito e lutou muito como já nos habituou, mas faltou uma maior preponderância na frente. Foi um pouco o avançado sacrificado, foi sempre ele a ir ao choque com os defesas e quem os desgastou e obrigou a falhar, fazendo com que as bolas ressaltassem, criando oportunidades para os colegas de equipa. Por essa razão não conseguiu desmarcar-se em velocidade e aproveitar as bolas nas costas. Caiu no papel de ponta de lança mais fixo e apresentou algumas fragilidades na procura pelos espaços. Ao mesmo tempo mostrou-se algo lento na definição das jogadas, segurando a bola por demasiado tempo. Destaca-se um cabeceamento proveniente da marcação de um canto que não saiu longe e a assistência para o 4º golo da equipa.

Calvo (nota 6): Parece ser dos mais afectados pela falta de forma física normal da pré-época. Costuma ser o primeiro a pressionar os defesas e o primeiro a chocar com eles nas bolas altas e hoje fugiu um pouco a esse papel. Costuma ser o avançado fixo que joga com os médios, mas preocupou-se essencialmente com as bolas para as costas da defesa. Ainda assim, mostrou que continua eficaz e oportunista, destacando-se o golo que fez, isolando-se após um erro do adversário e o remate/toque de joelho que efectuou também isolado e que não saiu longe da baliza.

Fonxeca (nota 5): É o benjamim da equipa e fez também a sua estreia num jogo pelos Dragões. Entrou na segunda parte na pior altura possível, os únicos 10-15 minutos em que a equipa adversária esteve por cima. Após esse período começou a ter alguma bola lá na frente mas não conseguiu aproveitar. Faltou-lhe um maior poder de decisão nas jogadas e um maior ímpeto na desmarcação. Notou-se a idade através de um certo receio do confronto físico. Destaca-se uma jogada em que recebe a bola no meio campo, finta um adversário e parte para a baliza, mas deixa-se apanhar e encurralar junto a linha de fundo onde acaba por perder a bola.


Esta crónica representa apenas o ponto de vista do cronista sobre a forma como viu o jogo de Sábado. Um ponto de vista que, por sua vez, peca por ser aquele de um jogador e não de um observador externo. A observação foi a possível e na mente do cronista a correcta, embora este esteja receptivo a quaisquer correcções ou comentários.
As notas e respectivos apontamentos foram, de forma geral, subscritos pelo mister.

[]
Dani.

3 comentários:

  1. Gostei da cronica, apenas penso que um ou outro jogador mereceiam uma avaliação melhor, por exemplo o Nuno Pereira..agr e pensar no proximo jogo e paraben a todos nós

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  2. Boas, foi um bom jogo e um belíssimo resultado. A crónica também está fixe, apenas quero referir que joguei a central durante todo o jogo e não a lateral..pelo que a crónica penso não ser a adequada a mim.

    Nuno

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