Bem Vindos ao Blog d' Os Dragoes

O clube de futebol amador Os Dragões é composto por um grupo de jovens bem parecidos, bem dispostos e cheios de talento que decidem aproveitar este espaço para a comunicação entre membros e para a organização das actividades do clube.

Ao mesmo tempo damo-nos a conhecer ao mundo e aproveitamos para ir publicando os resultados das nossas actividades da época 2010/2011 que irão passar, se tudo correr como se espera, pela realização de desafios amigáveis com clubes sitos no distrito de Setúbal.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Crónica do jogo de 25 de Setembro com a equipa Amoreiras-Gare.

Fugindo ao percurso habitual, os Dragões viram-se no papel de visitados ao receber no seu terreno uma equipa participante do Inatel de Beja, com o nome G.D.R Amoreiras-Gare.
Foi com grande prazer que recebemos esta equipa em "nossa casa" e fizemos tudo ao nosso alcance para proporcionar as melhores condições possíveis. Arranjámos um campo, em melhores condições do que aquele em que treinamos e contratámos um trio de arbitragem.

Os Dragões começaram o jogo com o já habitual 4-4-2 e com a seguinte equipa: Fábio, Jordão, Vasco, Amândio, Nuno Pereira, João Pereira, João André, Severino, Dani, Calvo, Rui Jorge.


A chuva de golos... falhados.

Ficou patente, desde muito cedo no jogo, a superioridade da equipa local. Encaixando bem tacticamente no 4-3-3 do adversário, fez uso do Homem a mais no meio campo, quer no exercício da pressão alta que se traduziu em várias recuperações, quer na troca de bola em que sobrava sempre um jogador sem marcação. Com isto, os Dragões realizaram uns 35 minutos de grande qualidade, criando várias oportunidades de golo, apesar de só uma ter sido concretizada, logo nos minutos iniciais de jogo, após um passe que saiu do meio campo e sobrevoou a defensiva, na direcção do lateral que, isolado, finalizou.

Após esse período, a equipa local quebrou um pouco fisicamente no meio campo, permitindo espaço aos adversário para começar a trocar a bola, o que fizeram, ainda que sem grande objectividade na definição das jogadas, apenas conseguindo criar algum desconforto na defensiva azul na sequência de bolas paradas.

Na segunda parte o jogo esteve mais equilibrado, embora com um ascendente dos Dragões que voltaram a criar e a desperdiçar uma série de oportunidades de golo.

O segundo golo surge de uma recuperação de bola que inicia um ataque pelo lado esquerdo do terreno tendo a bola chegado ao avançado que finalizou bem.

O terceiro golo foi uma obra de arte do avançado que, rodeado, decide, rematar de longe à baliza, fazendo um grande golo.

Logo a seguir, o arbitro apitou para o final da partida.


Comentários individuais:


Fábio (nota 7): Certamente um jogo que cria sentimentos mistos ao guarda redes. Por um lado não tem trabalho, o que é positivo, mas, ao mesmo tempo, não pode mostrar o seu valor. Foi audível a comunicar com a defesa e esteve sempre concentrado nas tentativas de ataque por transições rápidas com passes longos. Foi apenas chamado à acção entre os postes uma vez e fê-lo com qualidade, defendendo para canto um remate do avançado contrário que apareceu isolado na sequência de uma segunda bola proveniente de um pontapé de canto.

Jordão (nota 7): Em face do pouco caudal ofensivo da equipa contrária não há muito a dizer. Fez um jogo positivo, concentrado e seguro, cumpriu o seu papel quando o jogo assim o exigiu, fazendo o eventual corte ou dobra aos companheiros da defesa.

Vasco (nota 7): Na mesma sem muito trabalho, jogou bastante na antecipação não deixando os avançados receber sequer a bola. Mostrou-se ligeiramente menos à vontade com a bola nos pés que no último jogo, relegando o papel de construção inicial de jogo para o companheiro do centro da defesa.

Amândio (nota 8): Sem grande trabalho defensivo na primeira parte aproveitou para pôr em prática as suas capacidades ofensivas e ajudou muito apoiando o ataque. Na segunda parte, com o jogo mais partido e com transições mais rápidas de parte a parte, começou a exercer a agressividade que o caracteriza na recuperação de bola, exercendo essa pressão, que muitas vezes foi bem sucedida, logo no sector mais avançado do seu corredor.

Nuno Pereira (nota 8): Mais um jogo em que mostrou a sua polivalência. Começou a lateral esquerdo, passou para médio defensivo e regressou à posição de lateral, desta vez, do lado direito. No papel de médio defensivo é essencialmente importante na destruição de jogo, mas nota-se que não é a zona do terreno em que se sente mais a vontade. Essa posição é a lateral onde fez um grande jogo. Também muito agressivo, foi responsável por várias recuperações de bola, e aproveitou a ineficácia ofensiva da equipa contrária para subir, mais do que é costume, no terreno. Essa opção mostrou-se acertada, especialmente aquando do golo marcado, onde numa boa desmarcação pelo lado esquerdo recebe a bola e, isolado, faz o golo.

João Pereira (nota 8): Costuma jogar um pouco mais subido no terreno, mas na inexistência de um médio defensivo de raiz foi chamado a cumprir esse rol e, possivelmente, ganhou a posição. Lê bem o jogo, faz pressão na altura certa e recupera a bola. Depois é simples a jogar, seguro no passe curto e sempre preocupado em dar uma linha de passe no vértice defensivo do losango. Têm o 6 na camisola e preenche todos os requisitos para essa posição. Como apontamento individual é de destacar um remate de pé esquerdo à entrada da área em que bola bate na barra e no chão, suscitando a dúvida sobre se a mesma poderá ter entrado.

João André (nota 7): É uma peça muito útil no losango do meio campo, um quarto elemento com qualidade para receber, colocar no chão e partir para a criação de jogo. Esteve bem naquilo que fez, mas fez pouco, ou melhor, fê-lo por pouco tempo. Aguerrido na pressão e recuperação, guarda bem a bola e utiliza a visão de jogo para sair a jogar com certeza e qualidade no passe. O único aspecto que, ainda, não acompanha os restantes é o tanque de energia. Fez uns 35 minutos muitos bons e depois notou-se uma clara quebra de rendimento.

Severino (nota 8): É sempre um totalista dos 90 minutos porque dá tudo em campo. Importantíssimo no equilíbrio da equipa, está sempre disponível a ajudar a defesa em alturas de aperto. A atacar é umas peças responsáveis por iniciar a construção de jogo, o que faz, na grande maioria das vezes, com sucesso, quer seja através do passe curto, quer através de lançamento longo para os avançados. Utilizou bem a experiência na disputa corpo a corpo para ganhar muitas bolas e também algumas faltas. Como apontamento individual destaca-se uma jogada na primeira parte em que tira o último defesa da frente e remata para a defesa do guarda redes adversário e um remate em arco, já na segunda parte, que não passou longe do alvo.

Dani (nota 8): Beneficiou muito com o meio campo adversário de apenas 3 elementos, conseguindo arranjar mais espaço entre linhas para receber mais vezes a bola e aproveitando o espaço que o médio defensivo estava a dar. Com isso ganhou confiança e mostrou calma e segurança a dominar e segurar a bola que, posteriormente, foi colocando, na maioria das vezes com sucesso, nos colegas. Individualmente, destaca-se o passe que isolou o lateral e permitiu o primeiro golo da equipa e uma jogada, na primeira parte, em que rasgou pelo centro da defesa contrária e rematou, já sem ângulo, para a defesa do guarda redes.

Rui Jorge (nota 7): Continua aquém daquilo que sabe e pode fazer. Parece estar a definir mal as jogadas, por vezes porque segura a bola por demasiado tempo, e outras vezes porque se precipita na corrida para a linha ou no remate. De qualquer modo, voltou a ser prejudicado, por ser relegado, novamente, para a posição de avançado que se dá à marcação. Ainda assim, ganhou muitas bolas e conseguiu sair em velocidade para as linhas, efectuando alguns cruzamentos e remates. Como pontos negativos destaca-se a finalização, em geral, onde a eficácia não foi proporcional à quantidade e qualidade de oportunidades. Como ponto positivo destaca-se o terceiro golo, onde, no remate mais difícil que teve que fazer em todo o jogo, acerta de forma perfeita na bola que entra no ângulo da baliza oposta, sem qualquer hipótese para o guardião que apenas ficou a olhar.

Calvo (nota 5): Até nos treinos era uma verdadeira "carraça" para os centrais, sempre em cima deles a lutar no jogo aéreo e a fazer pressão e agora, num jogo, mais uma vez, parece estar a fugir desse papel. Está-se a fiar demasiado na lentidão das defesas adversárias e apenas procura bolas para as costas. Esperamos que regresse ao tipo de jogo a que nos habituou no inicio e esta nota reflecte exactamente isso, através do facto de que agora passa e passou muito ao lado do jogo. Ainda assim, teve um bom momento, na segunda parte, quando assistiu o outro avançado para o segundo golo da equipa.

Neves (nota 6,5): Entrou na segunda parte para lateral e, mais uma vez, fez um jogo discreto, embora positivo. Atento e eficaz pressionou bem os atacantes quando tentavam receber a bola e, mesmo quando estes se conseguiam virar, nunca se deixou ultrapassar. Voltou a estar um pouco apagado ofensivamente e este era um bom jogo para poder arriscar um pouco mais no apoio ao ataque. No período em que esteve em campo foi visível o aumento dos níveis de confiança e no fim da partida já conseguia levantar a cabeça e optar pela melhor linha de passe. Espera-se que prossiga com a evolução.

Penedo (nota 5): Entrou no fim da primeira para ajudar a defesa com o seu bom jogo aéreo numa altura em que os cantos adversários estavam a criar algumas dificuldades à defensiva da casa. Logo no início da segunda parte, deu a cabeça ao manifesto e levou uma "dentada" que lhe fez um golpe na cabeça. Saiu para ser entrapado (de forma bem profissional pelo mister) e já não regressou ao pelado. A nota reflecte o pouco tempo que esteve em campo.

Manel (nota 7): Entrou na segunda parte para o eixo central da defesa e não lhe é possível apontar falhas. Viu-se a marcar um avançado de baixa estatura e com pouco físico e utilizou as suas armas da melhor maneira (o tamanho e a força), não dando qualquer hipótese. Além do bom trabalho defensivo esteve muito seguro com a bola controlada, onde, de cabeça sempre levantada, arriscou e com sucesso passes pelo centro do terreno para os médios, o que até aí vinha a faltar. Se continuar a aparecer vai, certamente tornar-se, num jogador a ter em conta.

Abel (nota 6): Entrou demasiado "tenro" no jogo, mas cedo ouviu o banco e corrigiu essa postura. Conseguiu ter algumas vezes a bola e fazendo uso da sua técnica colocou-a no chão e saiu a jogar com passes de qualidade. No entanto fez uma jogada má com um passe errado para trás, o que pode acontecer a qualquer um, e entrou numa espiral de negatividade. A partir daí nada lhe saiu bem e exemplo disso foi uma bola em que, sem o guarda redes na baliza, se precipitou e atirou ao lado. Pediu para sair pouco depois, não sabemos se por algum problema físico ou porque as coisas lhe começaram a correr mal.
Sabes fazer mais e espera-se melhor da sua parte.

Big (nota 6): Entrou no fim da primeira parte e começou algo precipitado a tentar definir as jogadas demasiado rápido. No inicio da segunda parte entrou em muitas disputas físicas e perdeu a maioria, entrando aos lances de forma demasiado "limpa". Viu que o árbitro estava deixar jogar e aprendeu. Começou a utilizar o corpo de outra forma e começou a ter mais vezes a bola e a conseguir mantê-la. Ganhou algumas vezes ao centrais e fez a bola correr, no entanto não se conseguiu destacar no departamento da finalização.

Paolo (nota 6,5): Entrou na segunda parte e esteve bastante móvel na frente, desmarcou-se bem e teve algumas oportunidades mas pareceu muito lento e algo receoso do confronto físico. Isso notou-se especialmente num lance em que podia ter chegado a bola e onde ficaria só com o guarda redes pela frente. Como ponto positivo assinala-se a boa finalização a um passe em que remata bem colocado para o 2-0.

Fonxeca (nota 5): Entrou com mais vontade e com menos medo que no jogo anterior. Esteve mais móvel na frente e conseguiu alguns espaços, mas, na mesma, faltou calma na definição nas jogadas. Teve oportunidade de fazer a diferença após a marcação de um canto em que, isolado ao segundo poste, se deslumbrou e acabou por cabecear muito por cima.


Fica assim concluída outra crónica que representa apenas um ponto de vista sobre as ocorrências do jogo. Mais uma vez o cronista está receptivo a comentários, sugestões ou correcções.
Desta vez utilizámos uma nota intermédia, nos casos em que havia uma indecisão na nota a atribuir. No futuro o leque de notas será estendido e passará a ser de 0-20.

Outra novidades é a inexistência de um homem do jogo escolhido pelo cronista. O que vai acontecer é que iremos definir os 5 melhores jogadores neste jogo (na nossa opinião) e vai ser aberta uma sondagem onde todos os jogadores podem votar. No fim do prazo estabelecido será públicado qual o atleta escolhido como o "MVP" do determinado encontro.

[]
Dani.

1 comentário:

  1. Depois de observar o vídeo sinto que devo um pedido de desculpa a duas pessoas em relação aos comentários e notas dadas; o Calvo e o Big. Apesar de considerar que os comentários são em regra geral acertados a verdade é que o vídeo me prova que existiram jogadas, de que eu não me recordava, feitas por esses jogadores. Se aceito que serei sempre injusto para alguns, porque não é possível recordar-me de tudo, não tinha noção de que me podia esquecer/não reparar em jogadas com potencial para alterar o rumo ou resultado do jogo. Isso aconteceu com os dois jogadores referidos que isolaram 2 vezes e uma vez, respectivamente, colegas de equipa. Se assim falhei numa filmagem que não representa sequer metade do jogo, então o que terei deixado passar no restante período? Como tal, e especialmente se começarmos a ter vídeo nos jogos, vou deixar de fazer as crónicas individuais. Farei apenas um resumo do jogo onde irei destacar as principais incidências, colocando logo aí nomes de jogadores que se destacam com golos, passes para golo, defesas, e grandes cortes. Abraço.

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