Bem Vindos ao Blog d' Os Dragoes

O clube de futebol amador Os Dragões é composto por um grupo de jovens bem parecidos, bem dispostos e cheios de talento que decidem aproveitar este espaço para a comunicação entre membros e para a organização das actividades do clube.

Ao mesmo tempo damo-nos a conhecer ao mundo e aproveitamos para ir publicando os resultados das nossas actividades da época 2010/2011 que irão passar, se tudo correr como se espera, pela realização de desafios amigáveis com clubes sitos no distrito de Setúbal.


domingo, 16 de outubro de 2011

Crónica do jogo de Domingo, 16 de Outubro com a equipa Graça do Divor.

Enquanto equipa 100% amadora, os Dragões estavam orgulhosos do percurso efectuado e dos resultados obtidos que espelham um clara superioridade desta equipa perante congéneres participantes do campeonato do Inatel e, como tal, muito mais experientes.

Surgiu então a hipótese de se realizar um jogo amigável com a equipa Graça do Divor, pentacampeã do Inatel de Évora e participante assídua da fase Nacional desse campeonato, jogo que aceitámos de imediato, conscientes de que seria o maior desafio até à data mas, ainda assim, ansiosos pela experiência e, em particular, pela possibilidade de conseguirmos fazer uma auto-avaliação das capacidades, ou do nível da nossa equipa.

O respeito perante o palmarés desta equipa e, talvez o receio sobre as suas capacidades tenha sido demasiado, começando nas hierárquias mais altas e, muito cedo, logo no balneário. Esta insegurança fez com que o mister decidisse alterar a táctica habitual, na tentativa de reforçar o meio campo, passando do tradicional 4-4-2, para um improvisado 4-5-1.

Alinharam de inicio pelos Dragões: Hugo Severino, Vasco, Jordão, Amândio, Penedo, Flecha, João Pereira, Nuno Pereira, Severino, Dani, Rui Jorge.

Supelentes utilizados: Calvo, Big, Luis Miguel, Fonxeca.

A ideia que era boa em papel não se traduziu da mesma forma em campo. Além de jogadores utilizados em posições que não são, naturalmente, as suas, a táctica empregue mostrou-se ineficaz contra uma equipa que jogava em 4-3-3 e que criava a grande maioria do seu jogo ofensivo junto às linhas, apoiando-se especialmente nas subidas dos laterais. Perante estas circunstâncias, além do Homem a mais no meio campo ser inútil, prejudicou a equipa, no sentido em que descoordenou as marcações.

Além deste handicap que impusemos a nós próprios, a equipa adversária mostrou o porquê de ser pentacampeã, trocando muito bem a bola, com paciência, calma, segurança, e demonstrando muito treino e entrosamento com  movimentos e triangulações muito bem trabalhadas. Assim se conta a história da primeira parte.

O primeiro golo surge de um alívio da defesa que sai curto, ficando a bola à entrada da área onde não estava nenhum jogador nosso e o centro campista adversário aproveitou para rematar em chapéu junto ao poste, sem hipótese para o guarda redes Hugo Severino que ainda se esticou todo mas não consegui chegar à bola.
O segundo golo, resulta duma incursão pelo lado esquerdo da nossa defesa donde sai um cruzamento desviado pelo avançado para a baliza permitindo a defesa ao guardião Hugo Severino, ressaltando, no entanto a bola para o segundo poste onde o avançado, em falta clara, empurra o lateral Amândio para ganhar posição e cabecear para a baliza desocupada. 

Os golos foram mesmo as melhores ocasiões desenvolvidas pela equipa da casa, sendo que a clara superioridade se verificou essencialmente na percentagem de posse de bola, ainda que sem grande eficácia prática, isto é traduzida em golos. Os Dragões deixaram de pressionar à frente e os defesas conseguiam sempre jogar de forma tranquila com o meio campo mais recuado fazendo circular a bola, trocando flancos e fazendo a equipa visitante correr muito atrás da bola.
Da parte da equipa visitante não existiram grandes jogadas de perigo, apenas uns remates que saíram ou fracos ou mal direccionados que surgiram  especialmente através de incursões pelo centro do terreno, ou pelo lado direito do nosso ataque. 

No Inicio da segunda parte, o mister corrigiu o problema táctico e decidiu fazer a equipa regressar ao 4-4-2, entrando os avançados Big e Calvo.
A equipa melhorou muito e o jogo parecia outro. Notou-se pela primeira vez um equilibrio em campo e a sensação de que a vitória, ou os golos, podiam pender para qualquer lado. Os Dragões começaram a defender de forma mais compacta e, essencialmente, começaram a trocar mais a bola no sentido horizontal do terreno, em oposição às tentativas de passe longo, obrigando o adversário a correr um pouco.

O tento de honra surgiu a meio da segunda parte e resulta de um passe longo do central Vasco, em zonas mais avançadas do terreno, tendo o avançado Big desviado a bola na direcção da baliza oposta, desmarcando, dessa forma, o lateral Amândio que, em sprint desde a defesa, foi mais rápido que o guarda redes a chegar a bola e capitalizou o desposicinamento deste, fazendo o chapéu bem medido.

A equipa local sentiu o golo e a possibilidade de deixar empatar o jogo. Da mesma forma, nós sentimos que o empate era possível e fizemos neste período a seguir ao golo, talvez a melhor prestação em todo o jogo. Com uma nova motivação a equipa subiu no terreno e conseguiu pressionar bem o adversário no seu meio campo, o que até aí, tinha falhado, criando algum perigo, mas não conseguindo concretizar.

O jogo partiu-se um pouco e bola alternava rapidamente entre o ataque de uma ou de outra equipa. Foi numa transição rápida destas que a equipa local chegou ao terceiro. Através de uma bola longa colocada na área, os avançados conseguiram ir passando a bola nas imediações até surgir um passe para trás que originou um remate colocado em arco, sem hipótese para o guarda redes.
Aqui verificou-se o desgaste acumulado da primeira parte e, ao mesmo tempo, a garra e vontade da equipa dos Dragões. Mais com o coração do que com a cabeça os jogadores iam dando o corpo a bola para impedir o remate e sobrou o centro campista adversário que conseguiu o remate que deu o terceiro golo.

O golo foi desmotivante, mas a equipa continuou a tentar e isso, apesar de não ser, como se diz, o mais importante, demonstra carácter e muita vontade. E isso não se treina..

Admitindo a clara superioridade do adversário na primeira parte, importa-nos reter a segunda parte e aquilo que conseguimos fazer: um jogo muito equilibrado contra uma equipa muito forte que demonstra muito treino e entrosamento. Resta imaginar o que teria acontecido se tivéssemos começado logo com a táctica habitual utilizada na segunda parte. A resposta fica para uma futura desforra...
Até lá desejo à equipa da Graça do Divor a melhor sorte para o campeonato e que consigam manter o título e, quem sabe, fazer melhor a nível nacional, até porque assim podemos dizer que só perdemos contra os melhores.

[]
Dani.

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